terça-feira, 3 de maio de 2011

Musk: Um possível problema ambiental?




Uma das fragrâncias mais universalmente populares é o almíscar ou musk. O musk natural vem do cervo-almiscarado macho, Moschus moschiferus, Hoje raramente o musk natural é usado em formulações fragrantes já que ele é extremamente caro, isso sem citar o problema ecológico envolvido na extração do mesmo. O mercado oferece ao perfumista uma gama de muskes sintéticos e relativamente mais baratos.




Os muskes sintéticos pertencem a diferentes classes estruturais de compostos químicos. A mais comum delas são as do tipo macro-cíclicas, devido a sua grande estrutura em forma de ciclos (muitas vezes com 15C, 16C ou 17C), estes incluem: exaltolide; exaltone; muscone; galaxolide; entre outros.



O único óleo essencial que contêm quantidades significativas de componentes do “verdadeiro musk” é obtido das sementes de ambrette (musk seed). Este óleo tem de 5-10% de ambrettolide. O óleo essencial das raízes de angélica, também muito utilizado como substituto do musk animal, contém pequenas quantidades de pentadecanolide.Cerca de 8000 toneladas de perfumes almiscarados são sintetizados a cada ano no mundo todo para a fabricação de perfumes, cosméticos e sabonetes.

Nos últimos cinco anos, pesquisadores têm encontrado almíscar sintético em peixes e mexilhões, na gordura humana, no leite e no sangue. O almíscar sintético parece “caminhar” através da cadeia alimentar na mesma maneira que os PCB’s e alguns pesticidas como o DDT. Agora, pela primeira vez, essas moléculas foram encontrados em amostras de ar, provavelmente oriundas de cosméticos, produtos de limpeza e de aromatizadores de ambiente em spray. Cientistas alemãs acreditam que com a exposição prolongada às essas moléculas, o ser humano possa acumular em seu organismo essas substâncias. Possivelmente a estrutura macro-cíclica dessas moléculas dificultem a eliminação das mesmas.





Referência: The Internaciol Journal of Aromatherapy, V. 09, nº 04.